Parlamentar busca assegurar a segurança das famílias locais diante de um cenário de violência e ameaças.
[caption id="attachment_471980" align="aligncenter" width="600"] Fogo devora a floresta rumo ao Rio Jaci-Paraná, dentro da reserva extrativista de mesmo nome, em Rondônia (Foto: Christian Braga / Greenpeace)[/caption]
“A Reserva vem sendo invadida e sua área de vegetação permanece sendo destruída. As famílias relataram que foram expulsas de suas terras ou tiveram que deixar suas casas com medo. Os seringueiros, agricultores e extrativistas resistem aos ataques e precisam de proteção do poder público”, disse a deputada.
A motivação da deputada ocorreu depois que no dia 23 de setembro, um extrativista disse para autoridades policiais, que teve sua casa incendiada por supostos invasores ilegais, que estariam interessados em usar às terras para uso na pecuária e extração de madeira ilegal. Há denúncias que indicam a operação de serrarias ilegais dentro da reserva e até mesmo o transporte clandestino de madeira e gado.
O pedido de providências da deputada foi solicitado para Casa Civil, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Secretaria de Estado de Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec).
Invasores
A Resex Jaci-Paraná, criada em 1996, abrange três municípios de Rondônia: Porto Velho, Nova Mamoré e Buritis. Foi estabelecida com o objetivo de preservar a floresta e apoiar as famílias que vivem da extração sustentável de seringa, castanha, açaí e outros recursos amazônicos.
No entanto, quase 30 anos após sua criação, mais da metade das famílias que habitavam a reserva foram expulsas por grileiros que agem ilegalmente dentro da área. Além disso, a devastação da floresta continua a aumentar a cada ano.
As lideranças extrativistas têm apresentado diversas denúncias aos órgãos públicos, incluindo o governo estadual, a Polícia Federal, a Polícia Militar, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e o Ministério Público.
A deputada Cláudia de Jesus afirma que é necessário um esforço conjunto do poder público, das autoridades competentes e da sociedade civil para garantir a preservação da floresta e o bem-estar das famílias que dependem dela.
Texto: Cristiane Abreu / Assessoria parlamentar
Foto: Christian Braga / Greenpeace