João Pichek atrela votação de PL do teste seletivo à eleição para a escolha da nova mesa diretora; grupo de vereadores reclamam dessa manobra

 A Publicação da Ordem do Dia, na última sexta-feira, causou a revolta de diversos vereadores, entre eles o vereador Edimar Kapiche ao notar que, além do projeto de lei que convalida o Teste Seletivo 2022, o presidente João Pichek incluiu na pauta a votação para tentar eleger o novo presidente da Câmara, mesmo a Justiça determinando que essa eleição só poderia ocorrer após a votação do requerimento de impugnação contra a chapa do vereador Corá.

O atrelamento da votação da eleição da Mesa,  junto PL 04/2023,  revoltou os vereadores que defendem o projeto (Edimar Kapiche, Paulinho do Cinema, Zivan Almeida, Luiz Antonio Fritz, Romeu Moreira e Ezequiel Minduim) os quais, através das redes sociais, manifestam sua revolta com o que consideram uma manobra absurda para fazer de uma boa causa, o atendimento ao interesse público, um trampolim para tentar atender ao seu jogo político de empurrar a eleição do vereador Corá, mesmo sabendo que o processo da eleição está judicializado e ainda há questionamentos a serem resolvido antes.

Esse imbróglio todo teve em outubro do ano passado, quando o prefeito enviou o projeto de lei nº 193/2022 que pedia aprovação ao Processo Seletivo 2022, visando contratar profissionais de apoio e técnicos especializados e capacitados para atenderem o Centro do Autista, e toda secretaria municipal de educação.

Ocorre que, apesar desse  necessidade de ser votado o mais rápido possível, por conta de sua extrema urgência para atender ao interesse público,  os vereadores de só o colocaram em votação, quatro meses depois,  através de uma manobra que colocou em votação de última hora durante sessão extraordinária e o rejeitaram.

Após rejeitar o projeto de lei a repercussão negativa para os que voltaram contra foi enorme, tendo em vista afetar diretamente o retorno das aulas e prejudicar toda a rede municipal de educação, inviabilizando o reinício das aulas no Centro do Autismo, em escolas e creches.

Para tentar contornar a situação, dois vereadores (Toninho do Jesus e Dr Paulo Henrique), membros da comissão permanente de saúde, educação e assistência social, foram até ao Secretário Municipal de Educação solicitar para que o projeto tivesse algumas modificações e fosse reenviado.

Tanto o vereador Paulo Henrique, quanto o vereador Toninho, asseguraram que eles o aprovariam o mais rapidamente possível, ainda durante o recesso, em sessão extraordinária, mas não cumpriram o prometido. O grupo atrasou mais uma vez a tramitação do projeto de lei 04/2023, e somente após várias reuniões com discussões acaloradas, com a participação das mães atípicas, servidores da educação convocados do teste seletivo, foi que o presidente interino aprovou o requerimento que pedia urgência na apreciação e votação do projeto.

Os vereadores revoltados com essa decisão do Pichek consideram que houve uma manobra que que coloca mais uma vez Cacoal no mapa da vergonha (como se as operações ocorridas em 2015 e 2018 não fossem o bastante).

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