Verão à Primavera!

Verão à Primavera!

Por aquí e por Allah

                                                                                                      Por Geraldo Gabliel

 

5º Amigo:

YOUSSEF JIBRAIL MUSTAPHA

King Abdullah Rd. Birn Uthman, 42331

MEDINA – KSA (المدينة المنورة)

Nessa vibe de trotamundos foi que Geh Latinus, conheceu o amigo Youssef em Salou – numa praia-paraíso – litoral leste da Espanha – Catalunha; “a las orilhas del Mediterráneo”. Jovem marroquino, um Game Designer, já no 7º ano deste século, um expert em produção de jogos eletrônicos. Ele, realmente esteve envolvido com a Primavera Árabe, em 2010, como manifestante a favor de seu povo, apesar de que no Marrocos e na Jordânia, os protestos foram menores, pois os governos locais responderam com reformas políticas aos anseios daqueles povos. Toda trama bélica vivida nos confrontos Yussef tomou como referências para criar novos games. É como se ele pensasse: – “De um limão, faço uma limonada árabe!”¹

Você sabe da intriga que há em nosso mundo contemporâneo entre muçulmanos e judeus; e também entre o Islã e Vaticano (Católicos) – Geh Latinus – que é quase um judeu, de vez em quando provocava o amigo sobre o tema dos conflitos entre os “filhos de Abraão” e dizia: – Vocês são primos, todos primos! só pra ver Youssef ficar super brabo… ele dizia que alguém  deveria exterminar o povo judeu (é sionismo que a gente chama isso? – Não! É antissemitismo). Pura bravata! Aquele jovem não agredia ninguém. Levava suas ideias e a sua realidade para a tela dos videogames de combates.

Foi neste contexto e cenário que notou-se uma informação duvidosa na carta do gamer Youssef: de que ”ele havia sido salvo na Revolução do Jasmim:

– “Graças à ação rápida e eficiente dos paramédicos da Cruz Vermelha Internacional que estavam em missão no seu país da Casablanca”. Mas… a “Cruz” da Cruz Vermelha não é um símbolo que representa o Cristianismo no Ocidente? Vejamos:

“O Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho surgiu em 1863, na cidade de Genebra, localizada na Suíça. Sua criação aconteceu para atender a uma carência do mundo na segunda metade do século XIX: a amenização do sofrimento daqueles que enfrentavam conflitos armados.

Até esse período, pouquíssimos soldados feridos recebiam algum tipo de cuidado médico, e grande parte deles era deixada no campo de batalha para morrer. Foi exatamente esse fato que levou o suíço Jean-Henri Dunant a indignar-se com o que ele viu em uma batalha que aconteceu na Itália em 1859”.² – Até aqui, não se vê proselitismo cristão ou sionista, notou?!

Ah! E você sabia que na bandeira da Cruz Vermelha há uma cruz vermelha sobre um  fundo branco, e que na bandeira da Suíça – país onde foi fundada a Cruz Vermelha Internacional – é o contrário: – uma cruz branca sobre um fundo vermelho?

Voltando à figura da bandeira, com o símbolo da cruz ou não, teríamos ai posta uma guerra de Semiótica das crenças e ideologias contraditórias entre o Oriente e o Ocidente – pergunte ao Charles S. Peirce… ele entende destes simbolismos dos signos sob todas as suas formas e manifestações de linguagens. Mas, perai… observe que na definição anterior da entidade Cruz Vermelha encontra-se também “Crescente Vermelho”. Tai! Quando em missão em países islâmicos muçulmanos a ONG Cruz Vermelha se identifica com um símbolo cuja imagem é da Lua na sua fase crescente, um emblema identitário dos países árabes. Hmmm… e os judeus? Aceitam o símbolo da cruz? Não! eles, após muitas discordâncias e calorosas discussões, escolheram um símbolo neutro. Vejamos:

“Em 1949, Israel propôs um novo símbolo, para ser utilizado pela sua sociedade nacional de auxílio a vítimas de guerra: uma Estrela de David vermelha. Mas a ideia foi chumbada na altura e nunca mais foi submetida a nova votação. Como o país se recusa a utilizar qualquer dos outros dois símbolos, a entidade nacional não pode fazer parte da Federação Internacional de Sociedades Cruz Vermelha e Crescente Vermelho. […] A última proposta sobre a mesa é a do chamado “Cristal Vermelho” [também conhecido como Diamante Vermelho ou “emblema do Terceiro Protocolo” das Convenções de Genebra] – um losango de contornos grossos, com o interior branco”.³ Assim sendo, houve um cessar-fogo nos conflitos ideológicos e de cosmovisão em torno de uma simbologia numa Instituição cujo objetivo é apaziguar a guerra, prestando socorro aos soldados feridos. Uma trégua talvez…

Para distrair um pouco vamos ao próximo tópico da carta de Youssef:

– “Havia algo de errado no calendário dos cristãos, pois, dizia: Jesus nasceu por volta do ano 3 ou 4 a.C., foi batizado no ano 27 d.C. e morreu aos 33 anos no ano 31 d.C.” E pergunta: – Acaso estamos vivendo, dias de fevereiro, no ano 2025?

Isso de calcular cronologicamente os fatos, ou simulação dos fatos, me lembrou a criatividade de Joseph Barbera em “O Natal dos Flinstones” – um especial de televisão lançado em 1977, contextualizando o evento festivo natalino – aniversário de Nascimento de Jesus Cristo – algo relativamente recente, com a celebração do evento na Idade da Pedra pelos personagens do Neolítico (período da pré-história entre 7.000 a.C. e 2.500 a.C.). A isso chamo Anacronismo.

Há discordâncias e considerações extemporâneas entre os cronologistas da História Universal. E como saber quem está certo ao calcular datas em calendários, os mais diversos disponíveis, desde que o homem começou a registrar a sua própria história? Qualquer determinação de data deve ter algum ponto de referência no tempo e no espaço. Foi por este motivo que o cronologista Dionísio – o Exíguo, cunhou, no 5º século Era Cristã, as expressões a.C. e d.C. tendo como referência histórica o nascimento de Jesus Cristo. Isto, enquanto o Calendário Romano, contava o tempo a partir da data histórica da fundação de Roma (Ab Urb Condita). Por este calendário, Jesus Cristo teria nascido por volta de 746 AUC. Acredita-se que o nascimento do Menino Jesus tenha ocorrido entre os anos 6 e 4 a.C. – e Dionísio teria cometido um erro de aproximadamente 4 a 5 anos.

Vejam que não há acordo entre os historiadores nestas cronologias. Uma coisa é certa Youssef: Nunca houve o Ano 0! Que o diga Herodes – aquele rei que mandou matar todas as criancinhas de até 2 anos de idade (Mateus 6:12-18) quando a Estrela de Belém assinalava aos Reis Magos do Oriente (pacíficos) que nascia naquela cidade o Salvador do mundo… Veja o vídeo de Rodrigo Silva (https://www.youtube.com/watch?v=98uhJ4aXlhM&t=10s) e, qualquer dúvida, pergunte a ele.

E eu ia perguntar a Youssef sobre o que seria “Um altar para um deus alienígena” – de Geordie Rose falando sobre sua “agenda trans-humana” em computação quântica… nem deu tempo. Apenas sugiro, como título do seu próximo game:

PUT YOUR GUN DOWN NOW. DOWN USAID.

Salamaleico!

 

SOCORRAMMESUBINOONIBUSEMMARROCOS<

 

¹ https://www.instagram.com/zonacerealista/p/BTCojETgZtU/

²https://mundoeducacao.uol.com.br/curiosidades/cruz-vermelha.htm ³https://www.publico.pt/2005/09/14/jornal/paises-discordam–sobre-simbolo-alternativo-a-cruz-vermelha-38807

 

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