A história inspiradora da cooperativa que une a recuperação da Floresta Amazônica ao cultivo sustentável de frutos nativos foi apresentada durante o programa “Globo Rural” do último domingo, (10). Essa iniciativa inovadora do Distrito Nova Califórnia, em Porto Velho, demostra que é possível unir a preservação ambiental com o desenvolvimento econômico das comunidades locais. A deputada estadual Cláudia de Jesus (PT) elogiou essa abordagem, destacando sua importância para a região.
A deputada Cláudia de Jesus lembrou a necessidade de projetos como o de Reflorestamento Econômico Consorciado e Adensado (Reca) para a construção de um futuro sustentável na Amazônia. “Esta cooperativa é um exemplo inspirador de como podemos proteger nosso meio ambiente enquanto criamos oportunidades econômicas para as pessoas que vivem nesta região. A união de esforços para recuperar a Floresta Amazônica e promover o cultivo de frutos nativos é um modelo que merece ser replicado em todo o país. Além disso, é fundamental que o governo promova políticas públicas que incentivem a criação e o fortalecimento de cooperativas, pois elas desempenham um papel fundamental no desenvolvimento sustentável de nossa região e do país como um todo”, disse a parlamentar.
RECA NA AMAZÔNIA – A trajetória da cooperativa teve início nos anos de 1980, quando o Governo Federal incentivou a produção agrícola em áreas florestais do Norte do país, doando terras para famílias do Sul e Sudeste. Inicialmente, essas famílias se dedicavam à pecuária e à agricultura tradicional, mas hoje estão comprometidas com a recuperação da Floresta Amazônica e o cultivo de frutos nativos.
Foi em 1989 que agricultores locais se uniram para criar o projeto Reflorestamento Econômico Consorciado e Adensado (Reca). Essa iniciativa capacitou os cooperados e introduziu o conceito de agroflorestas, um sistema de plantio sustentável que promove a recuperação vegetal e do solo.
Atualmente, a cooperativa reúne cerca de 300 famílias associadas em Rondônia, Acre e Amazonas, que compram insumos e comercializam as safras em conjunto. Uma característica notável desse projeto é a ênfase na agricultura orgânica, com 40% dos produtores possuindo a certificação orgânica. Eles cultivam mais de duas mil toneladas de mais de 10 tipos diferentes de frutos por ano. Além da venda de polpas congeladas, os cooperados também geram renda com a produção de doces, geleias e licores, mostrando que é possível conciliar desenvolvimento econômico com a conservação da Amazônia.
Texto: Cristiane Abreu – Assessoria parlamentar
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