Confira as notas do dia, por Cícero Moura.

OBSESSÃO
Vivemos uma era em que a linha entre o real e o artificial se torna cada vez mais tênue. Isso até parece loucura mesmo, ver pessoas não sabendo definir o que é um ou outro.
AOS POUCOS
A criação e o uso de bonecos hiper-realistas, como os chamados “bebês reborn”, têm ultrapassado os limites do lúdico e adentrado um terreno perigoso: o da substituição da convivência humana autêntica por objetos.

ENTE QUERIDO
Em vez de representarem apenas brinquedos ou recursos terapêuticos pontuais, esses bonecos têm sido tratados como membros da família – alimentados, vestidos, levados a passeios e, em casos extremos, inseridos em rotinas que antes eram exclusivas de crianças reais.
SURREAL
A ideia de um objeto como substituto de um filho, de um ente querido ou de uma figura familiar ultrapassa o aceitável quando passa a suprir carências emocionais profundas sem mediação, reflexão ou orientação.
DANOS
O afeto humano, por mais complexo que seja, não pode ser redirecionado a um objeto sem consequências psicológicas sérias.
DOENÇA
O nome para isso já existe: objetofilia, uma condição em que se desenvolve afeto e até vínculos amorosos com objetos inanimados – o que abre perigosas portas para transtornos mais sérios, inclusive distorções como a pedofilia, quando esse apego passa a ser projetado em representações infantis.
LITERATURA
Vale lembrar que bonecos e personagens sempre fizeram parte do universo infantil, mas com propósitos educativos e imaginativos, não de substituição do real.
QUERIA SER DE VERDADE
É o caso do Pinóquio, o boneco de madeira criado por Geppetto, que sonhava ser um menino de verdade. Sua trajetória servia como metáfora moral: toda vez que mentia, seu nariz crescia, ensinando às crianças a importância da verdade.
MONTEIRO LOBATO
Já Emília, a irreverente boneca de pano do Sítio do Picapau Amarelo, embora cheia de traquinagens, estava inserida num contexto de aprendizado, fantasia e construção de valores.
LÚDICO
Eram personagens lúdicos, com função de encantar e ensinar, não de confundir os limites entre realidade e fantasia.
REALIDADE
Hoje, no entanto, os bebês reborn têm se tornado, em muitos casos, substitutos literais de filhos. E isso precisa ser debatido com seriedade.
“INVESTIMENTO”
O que antes era uma brincadeira agora beira a obsessão. Há quem gaste milhares de reais em enxovais, móveis e serviços voltados a esses bonecos.
NAS REDES
Em redes sociais, existem perfis que relatam rotinas completas com eles, como se fossem crianças reais. Isso não apenas sinaliza um desvio de prioridades emocionais e sociais, como também pode alimentar desequilíbrios psicológicos de difícil reversão.
AÇÃO
É urgente frear essa insanidade. A carência afetiva precisa ser acolhida, sim – mas com vínculos humanos, com convivência familiar, com diálogo e, se necessário, com acompanhamento psicológico.
DOENTIO
Transformar bonecos em membros da família não é solução: é sintoma. O afeto precisa ter carne, osso, voz e presença – não borracha, vinil e silêncio.
FISCALIZAÇÃO
O Ministério Público de Rondônia realizou visita técnica às instalações do Instituto Médico Legal (IML), em Porto Velho, e constatou várias irregularidades.
MEDIDAS
A partir da vistoria, foram solicitadas adoção de providências visando à melhoria em equipamentos, estrutura e estado de conservação do prédio.
MEDIDAS 2
Foram avaliadas questões relacionadas à estrutura física, equipamentos, higiene e conservação geral da unidade.

INADEQUAÇÃO
O MP constatou falhas na cobertura do imóvel (telhado), identificou rachaduras e a defasagem de aparelhos. Também foram verificadas inadequações sob os aspectos ambientais e sanitários da unidade.
OBJETIVO
A vistoria foi para apurar possíveis irregularidades e articular, junto à Secretaria de Estado de Defesa, Segurança e Cidadania (Sesdec), ações imediatas voltadas à reestruturação e à melhoria das condições físicas e operacionais do Instituto Médico Legal (IML).
RRS
Na semana que vem, dia 27, será realizado o 7º Fórum Estadual de Febre Aftosa. O evento integra a programação oficial da 12ª edição da Rondônia Rural Show Internacional.

REFORÇO
A iniciativa visa reforçar, junto ao setor produtivo, estudantes e população em geral, os desafios para manter Rondônia como área livre de Febre Aftosa sem vacinação.
PARTICIPAÇÃO
O fórum reunirá especialistas renomados, autoridades sanitárias e representantes do setor produtivo, em um espaço de debate técnico e estratégico sobre o atual cenário da febre aftosa no Brasil e no mundo.
HISTÓRICO
Para o governador, Marcos Rocha, o evento é fundamental para manutenção da excelência sanitária e expansão comercial do agronegócio estadual. Rocha diz que o governo tem comprometimento com a sustentabilidade da produção agropecuária, desenvolvimento econômico regional e a consolidação de Rondônia como potência agropecuária brasileira, em conformidade com os padrões internacionais de saúde animal.
REFERÊNCIA
Desde 2021, Rondônia possui o reconhecimento da OMSA como zona livre de febre aftosa sem vacinação e esse status tem sido fundamental para a ampliação da presença da carne rondoniense em mercados internacionais altamente exigentes, como Chile, Indonésia, Emirados Árabes e China.
FRASE
A família e os amores são onde encontramos aceitação incondicional e um lar para os nossos corações.