A Polícia Civil de Cacoal investiga uma psicóloga cujo marido tem uma clínica de otorrinolaringologia, a qual é acusada de danificar uma motoneta Biz de uma funcionária desse estabelecimento. A mulher, de 25 anos, foi identificada pelas iniciais A. S. S, e tentou justificar seu ataque de fúria alegando que, há vários dias, vinha recebendo ameaças por SMS, de um número desconhecido, e, no dia dos fatos narrados, teria ainda recebido uma ligação de uma mulher, a qual informou que se dirigia à clínica para revelar fatos pessoais dela, sob o argumento de que isso abalaria o seu relacionamento conjugal.
Transtornada, ela conta que foi à clínica do marido disposta a confrontar essa pessoa e ao chegar ao local, em seu veículo Renault Kwid, danificou o banco de uma moto que encontrara estacionada nas proximidades. Fez isso, segundo ela, por achar que aquela seria a moto da mulher que, na imaginação dela, seria a desconhecida que prometera acabar com seu casamento.
A vítima, bastante revoltada o episódio, conta que, ao sair do trabalho, viu os danos causados à sua moto e, sem ter a mínima ideia de quem teria cometido esse ato e por qual razão, ela procurou informações e, na semana seguinte, conseguiu acessar o vídeo captado por câmera de segurança de uma construtora próxima ao local. Ao avaliar o vídeo, reconheceu a autora, ora acusada. Ela conta que conhece a infratora apenas de vista e não entende o motivo desse ataque que não se limitou ao dano material ao moto, mas ela também se sentiu perseguida pela infratora que, segundo ele, por diversas vezes a seguia pelas ruas da cidade, em uma dessas ocasiões, até às proximidades do Supermercado A Lusitana.
Consta ainda no Termo Circunstanciado que o marido da acusada, ao saber do ocorrido, teria oferecido o ressarcimento dos prejuízos da vítima, mas esta preferiu não aceitar, pagando ela mesmo o custeia do reparo. As investigações prosseguem, já que a vítima decidiu processar a acusada, nos termos da Lei.
LOCAL E DATA DO OCORRIDO
O ato criminoso praticado pela acusada teria ocorrido na tarde do dia 19 de janeiro, momento antes do encerramento do período de trabalho da funcionária e ela percebeu os danos ao aproximar-se de sua moto Biz quando iria retornar à sua casa. A Justiça, mediante as apurações da Delegacia de Polícia Civil, decidirá sobre as penalidades a serem aplicadas à ré, caso seja considerada culpada dos atos que lhes foram imputados.