sofisticados e conseguem ver com mais detalhes. É mais difícil enganar o inimigo que tem câmeras e vídeo ao vivo. Mas iscas de alta qualidade podem funcionar muito bem.” Desde que os HIMARS foram fornecidos pela primeira vez pelos Estados Unidos em junho do ano passado, os russos afirmam já terem capturado dezenas desses lançadores de alta precisão. No entanto, segundo os ucranianos, nenhum foi perdido no campo de batalha. Nesta discrepância de dados, está uma pequena frota de modelos falsos. “Vamos chamar de artesanato”, comentou o diretor de assuntos militares da ONG Come Back Alive, Andrii Rymaruk, ao The Economist. + ‘O lugar de direito da Ucrânia é na Otan’, diz chefe da aliança A organização, que fornece material para os soldados ucranianos desde a anexação da península da Crimeia por Moscou, em 2014, trabalha há cinco anos na concepção de protótipos infláveis, normalmente utilizados por tropas em treinamento. Se antes da invasão total à Ucrânia, em fevereiro do ano passado, os altos escalões não ficaram impressionados com as falsificações, agora a história é outra. As “iscas” infláveis são costuradas a náilon, um tecido barato de fabricar e leve o suficiente para ser carregado em uma mochila. Já os modelos de madeira são pesados e precisam de um outro veículo para transportá-los e uma equipe para montar e desmontar. Os protótipos infláveis, segundo um engenheiro da Inflatech – uma empresa checa especializada em armamentos infláveis soviéticos e chineses –, são “muito rápidos de serem implantados”. De acordo com ele, é só ligar “o soprador e em dez minutos é um tanque”. Praticamente todo equipamento militar pode ser replicado de forma inflável, incluindo tanques, morteiros e metralhadoras. Até os russos, conhecidos pela sua arte de disfarce e malandragem militar, têm fábricas de balões de ar quente que produzem diversos tipos de armamentos infláveis, como aviões de combate, que podem ser estacionados em fileiras para que pareçam bases aéreas movimentadas. + Ucrânia diz que Rússia lançou 60 ataques aéreos nas últimas 24 horas Com a guerra em andamento, os pedidos desses equipamentos infláveis aumentaram 30% desde o início do confronto entre a Rússia e a Ucrânia. Para fazer o rastro de tanques, caminhões são conduzidos pelos campos de batalha. Assim, parece que houve tráfego entre os veículos blindados, criando uma impressão de posição militar. A própria Inflatech usa refletores flexíveis para simular o calor de uma arma que acabou de ser disparada, para enganar as câmeras termográficas dos drones. Os protótipos infláveis também são capazes de produzir sinal de rada]]>