O módulo Características do Mercado de Trabalho da PNAD Contínua, pesquisa realizada pelo IBGE, aponta que em 2023, das 824 mil pessoas ocupadas em Rondônia, 187 mil (22,7%) trabalhavam no comércio, 161 mil (19,6%) eram ocupadas com atividades da administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais e 156 mil (18,9%) eram trabalhadores da agropecuária, representando 61,2% das pessoas ocupadas no estado. Esses três segmentos também foram os mais importantes no ano de 2013, equivalendo a 20,4%, 17% e 22,2% respectivamente, totalizando 59,6% dos ocupados.
A pesquisa indicou ainda que, excluindo os trabalhadores domésticos e do serviço público, 70,9% das pessoas ocupadas em Rondônia trabalhavam em empreendimentos com até cinco pessoas; 9,2% estavam em locais com seis a dez trabalhadores; 10,9% em empresas com 11 a 50 pessoas e 9% em estabelecimentos com mais de 51 ocupados.
A PNAD Contínua também mostra que a participação de mão de obra com ensino superior tem aumentado ao longo dos anos. Em 2013, 10,3% das pessoas ocupadas em Rondônia tinham curso superior. Já em 2023, este grupo passou a representar 18,1%. Neste período, também houve aumento da participação de trabalhadores com ensino médio completo ou superior incompleto, passando de 30,5% para 38,9%.
Na outra ponta, a participação das pessoas ocupadas sem instrução ou com nível fundamental incompleto diminuiu de 39,9% para 27,3%; e das pessoas com fundamental completo ou médio incompleto diminuiu de 19,3% para 15,7%.
Outra informação trazida pela pesquisa esclarece sobre a informalidade entre os empregadores e trabalhadores por conta própria. Em Rondônia, em 2023, 80,7% das 311 mil pessoas ocupadas nestas funções não trabalhavam em estabelecimentos com registro no CNPJ. O índice foi um pouco inferior ao registrado em 2013: 83,9%.
Apenas 4,1% dos trabalhadores rondonienses eram sindicalizados
A PNAD Contínua mostra também que, dos 1,1 milhão do rondonienses ocupados na semana de referência ou ocupados anteriormente, em 2023, 95,9% não estavam associados a sindicato. A proporção é a terceira maior do país, ficando atrás de Amapá (96,9%) e Amazonas (96%). Piauí (82%), Maranhão (86,5%) e Distrito Federal (88,4%) apresentaram as menores parcelas de trabalhadores não sindicalizados. A taxa brasileira foi de 98,2%.
Comparando com o ano de 2013, observa-se uma diminuição na proporção de trabalhadores associados a sindicatos. Em 2013, no estado de Rondônia, 15,4% eram sindicalizados, passando para 4,1% em 2023. O mesmo cenário pode ser observado em nível nacional: em 2013, 13,4% das pessoas ocupadas eram sindicalizadas, diminuindo para 7,2% em 2023. (Amabile Casarin/IBGE)