O governo federal enfrenta desafios na contenção da inflação dos alimentos, buscando equilibrar medidas de redução de preços com as pressões do mercado.
A discussão ganhou força após o ministro da Casa Civil, Rui Costa, mencionar “intervenção” ao anunciar ações contra a alta dos preços. A declaração gerou reação negativa do mercado, levando o governo a esclarecer que se tratava de “medidas”, não intervenção direta.
Entre as alternativas em estudo estão a redução do imposto de importação, direcionamento do Plano Safra para itens da cesta básica e ajustes no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). O governo havia sinalizado inicialmente com controle de preços e flexibilização da data de validade dos produtos, mas recuou após críticas do setor produtivo.
A resistência do mercado às propostas reflete preocupações com o histórico intervencionista do PT em diferentes setores, como nas políticas de reforma agrária e habitação urbana, frequentemente associadas a ocupações de terras e imóveis por movimentos sociais ligados ao partido, visando pressionar por desapropriações.
O cenário é agravado pela conjuntura econômica, com juros elevados e desequilíbrio fiscal, além da instabilidade internacional. A administração federal aposta em uma safra recorde para 2025 como solução para o problema.
A situação afeta principalmente a população de baixa renda e pressiona a popularidade do governo, enquanto evidencia tensões internas, especialmente entre a Casa Civil e o Ministério da Fazenda.