Empresa responsável pela obra ficou de oferecer mais informações sobre o projeto e os recursos repassados pelo Estado [caption id="attachment_472740" align="aligncenter" width="600"] Cláudia de Jesus e deputados questionam UNOPS sobre obra do hospital de Guajará-Mirim[/caption] A deputada estadual Cláudia de Jesus (PT), junto com os deputados Luizinho Goebel, Delegado Camargo e Dra Taíssa, durante reunião da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (24), sabatinaram o gerente de projetos do Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS), Rafael Espose, que foi convocado para fazer explicações sobre o andamento da obra do Hospital Regional de Guajará-Mirim. O gerente no projeto de maneira online, explicou que a Unops tem com o governo do estado, via Secretaria da Saúde (Sesau), um Acordo de Cooperação Técnica para concluir o Hospital. A obra foi iniciada na década de 90. O acordo prevê ainda a elaboração de projetos para o Cemetron e para nova Maternidade Estadual, além de fiscalizar e controlar os trabalhos. “Estamos no último trimestre de 2023 e nada foi feito”, disse a deputada Taíssa. Apesar de as obras não serem iniciadas, nem os projetos concluídos, o governo do estado, via Sesau, já liberou para a Unops mais de R$ 43 milhões no ano de 2020. Questionado pelo deputado Delegado Camargo (Republicanos), sobre os juros dos recursos, que foram repassados à Unops, Esposel disse que estão rendendo juros e os valores atualizados, e estão à disposição do Estado, caso a parceria seja rescindida. O prazo para conclusão das obras e projetos seria em dezembro de 2024, mas já foi prorrogado para dezembro de 2025, sem que as obras tenham iniciado. Há dias o governador de Rondônia, coronel Marcos Rocha (União Brasil) anunciou em órgãos de comunicação e redes sociais, que teria assinado a Ordem de Serviço (OS) para conclusão do HR de Guajará-Mirim. Segundo Esposel, não foi OS, mas sim uma autorização para contratação da empresa vencedora da licitação, onde foram convidadas 42 empresas e somente duas demonstraram interesse apresentando propostas. As obras de conclusão do HR de Guajará Mirim, segundo Rafael Esposel, serão iniciadas no dia 2 de novembro e com prazo de conclusão para dez meses. Os deputados aprovaram requerimentos, solicitando informações e cópias com um prazo de duas horas, após o recebimento dos documentos, sobre todos os contratos da Unops com o governo do estado, sob pena de responsabilização. Inclusive com os custos em separados dos projetos e construções. O deputado Luizinho Goebel (PSC) disse que em passado recente solicitou os mesmos documentos, inclusive cópias dos contratos para a Unops, mas que não foi atendido. Delegado Camargo lamentou que a Unops não tenha um portal no Brasil, tem somente no exterior, e que não são publicadas suas ações, mesmo “administrando” recursos financeiros públicos, como no caso dos projetos e construção de obras em Rondônia. “É uma obra muito importante para toda sociedade, principalmente o povo de Guajará-Mirim, que sofre faz muitos anos pela falta de assistência médica de qualidade. É nosso dever como parlamentar fiscalizar o dinheiro público, principalmente quando não existe total transparência para a sociedade. É isso que a população espera dos deputados”, disse Cláudia de Jesus.]]>