Cirone Deiró defende adesão ao boicote contra as empresas do grupo Carrefour

Dep Est Cirone Deiró

Diante da recente declaração do CEO do Carrefour francês, que anunciou a suspensão das compras de carnes dos países do Mercosul, produtores de carne de corte em Rondônia estão sendo convocados a se unirem contra a decisão dos franceses. O deputado Cirone fez um apelo à categoria, sugerindo que a resposta a essa retaliação dos franceses deve ser um boicote às empresas do grupo Carrefour. Em Rondônia, uma das principais unidades do Carrefour é o Atacadão, que faz parte do Grupo Carrefour Brasil.

“Essa decisão do Carrefour francês impacta diretamente nossos produtores e trabalhadores da cadeia produtiva da pecuária. O boicote aos produtos dos países do Mercosul, que inclui o Brasil, pode resultar na perda de empregos e na desvalorização do nosso trabalho”, alertou Cirone. Ele enfatizou que, além dos frigoríficos que deixaram de entregar carne ao Carrefour e Atacadão, os consumidores, restaurantes, bares e lanchonetes também são chamados a suspender suas compras nessas redes.

O deputado ressaltou a importância da pecuária para a economia de Rondônia, afirmando: “Precisamos reagir à suspensão das compras dos nossos produtos pelo Carrefour da França. A melhor maneira de fazer isso é deixar de consumir produtos desses estabelecimentos.” A qualidade da carne produzida em Rondônia e sua relevância no mercado nacional e internacional foram destacadas por Cirone como fundamentais para a defesa dos pecuaristas.

Perspectivas para o Futuro

O deputado Cirone também apresentou uma alternativa a longo prazo: o fortalecimento das exportações de carne para os mercados da Ásia e Oriente Médio. Ele mencionou que Rondônia já conquistou um reconhecimento importante com a certificação como zona livre de febre aftosa sem vacinação, concedida pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). Essa conquista é estratégica para abrir portas em mercados mais exigentes.

 

Com o sexto maior rebanho do Brasil, Rondônia lidera o ranking de maior rebanho bovino em áreas livres de aftosa sem vacinação, apresentando um crescimento de 19% nos últimos quatro anos. “Essa é uma oportunidade que não podemos desperdiçar. Precisamos fortalecer nossa exportação e garantir a viabilidade dos nossos pecuaristas e toda a cadeia produtiva”, concluiu o deputado.

Edna Okabayashi
Jornalista

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