Responsável por indicar ao prefeito a criação do Centro do Autismo, entidade importantíssima para atender a dezenas de mães que sofrem em busca de uma educação apropriada a filhos autistas, o vereador Edimar Kapiche explicou a razão de não estar presente na sessão extraordinária realizada no último dia 11, cujo resultado seria outro caso ele estivesse presente.
Em entrevista à TV Surui, ele disse que trabalhou todo o mês de janeiro, mesmo no período de recesso, e pretendia visitar a avó, que reside no Espírito Santo, a quem não via há vários anos. No entanto, antes de viajar, quis saber do presidente João Pichek se o projeto seria pautado em extraordinária, mas este garantiu que não. Confiando no seu colega, ele viajou, certo de que o projeto seria votado apenas após o período de recesso, e então viajou para visitar a avó, a quem não via há vários anos.
Para sua surpresa, o presidente em exercício não honrou a palavra empenhada e ele se sentiu traído, pois sem o seu voto, o projeto acabou rejeitado, tendo em vista que houve um empate de 05 a 05 e o vereador Pichek decidiu dar o voto minerva contra a aprovação do projeto, o que, prevalecendo os seus efeitos, resultaria na demissão de vários servidores contratados por um concurso público, realizado no ano passado, o qual precisa ser validado pelo legislativo. Sem esse processo seletivo aprovado, o Município não tem como colocar em funcionamento o Centro do Autismo, segundo ele.
Kapiche explicou que não havia nada de errado no projeto, para que ele fosse rejeitado, mas a oposição decidiu optar por algo tão danoso à sociedade e que, agora, precisa urgente de uma correção, que foi proposta por dois vereadores da própria oposição, os quais foram até à Secretaria Municipal de Educação, quando souberam que os servidores seriam exonerados. Conscientes do mal que fizeram, eles próprios sugeriram uma solução, que seria o envio de um novo projeto de lei, para que o mesmo fosse votado ainda no recesso, via sessão extraordinária, o que não ocorreu.
A esperança do vereador é que agora, com a retomada das atividades legislativas, o processo seja pautado o mais rapidamente possível, para que a sociedade não seja ainda mais prejudicada. O teste seletivo, segundo o edil, é apenas provisório. Ele próprio indicou ao prefeito, no ano passado, que após o vencimento desse teste, que tem validade de um ano e pode ser prorrogado por mais um ano apenas, seja realizado concurso público, o que garante um menor grau de manobras como essa que fizeram com ele e o interesse público seja atendido. “Temos maioria para que o projeto seja aprovado e precisamos apenas que o processo legislativo seja respeitado e o projeto colocado em votação”, explicou o vereador.
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