Conheça as histórias que a rodoviária de Porto Velho colecionou durante os 40 anos de funcionamento

Na década de 80, foi identificado que a rodoviária localizada na Avenida 7 de Setembro não atendia o grande fluxo de pessoas que estavam chegando em Rondônia. Para solucionar esta questão, o governador Jorge Teixeira construiu o espaço que atendeu à população até 2023.

De acordo com o professor de história, Célio Leandro, o terreno onde foi construído o antigo terminal rodoviário sediava diversas construções irregulares, que se espalharam para os arredores depois de inaugurado.

Segundo a prefeitura, a rodoviária não recebia o devido investimento financeiro. Com uma estrutura antiga e mantida igual desde a inauguração, o espaço necessitava de uma revitalização.

O g1 separou também alguns relatos de vidas marcadas pelo terminal:

Na época, Maria tinha 21 anos, estava grávida de sete meses e viajava com o marido e o filho mais novo, Marcos Gomes. A viagem estava marcada e a esperança por dias melhores também.

“Estávamos na rodoviária, para embarcar rumo a Manaus, onde acreditávamos que as condições de vida seriam melhores. Antes de embarcar minha mãe começou a sentir dores ao pé da barriga e calafrios. Naquele momento meu pai estava procurando algo para almoçarmos. Eu era um menino de 4 anos, e na busca pelo meu pai encontrei uma senhora que nos ajudou. Meu irmão já estava no chão quando chegamos, ele nasceu no local onde ficavam os caixas eletrônicos da rodoviária”, contou Marcos.

Marcos afirmou que apesar de ter apenas 4 anos, aquele foi um momento muito emocionante para toda a sua família.

“Quero o nosso espaço de volta. Vou trabalhar até não aguentar mais. Esse momento representa muita coisa, criei meus filhos e agradeço a todos. Agradeço principalmente a essa rodoviária por tudo que me proporcionou”.

Ester Ruiz, uma passageira que mora próximo à rodoviária, relembrou suas idas e vindas de Rolim de Moura (RO) para Porto Velho e comemorou a demolição da estrutura.

“Estou muito curiosa pra assistir a demolição da rodoviária. Vou sentir falta com certeza das lembranças, mas não dessa estrutura. Ela tá muito feia”, comentou.

Cleiton de Souza foi um dos populares que acompanhou o acontecimento e relatou que as condições do espaço estavam péssimas.