Peixe que pode morrer afogado? Entenda o risco que a maior espécie de água doce das Américas corre

Pirarucu de 2 metros briga com pescador no rio Madeira — Foto: Fábio Baca Já imaginou a possibilidade de um peixe morrer afogado? Essa é a realidade do pirarucu, nativo da bacia amazônica. Caso o animal não suba à superfície para respirar oxigênio a cada 15 ou 30 minutos, pode literalmente se afogar e morrer. A capacidade – e necessidade – do pirarucu respirar fora da água se dá por conta de uma bexiga natatória modificada, que funciona de forma semelhante ao pulmão. A bexiga também auxilia na flutuabilidade do animal embaixo da água. “Como ele tem um corpo muito grande, só as brânquias não são suficientes para oxigenar o corpo. Então ele sobe na coluna d’água, abocanha água com ar, engole o ar e a água e vai para essa bexiga natatória modificada, que é como se fosse um pulmão”. A explicação é do engenheiro de pesca Raniere Garcez, doutor em Biologia de Água Doce e Pesca Interior e professor da Universidade Federal de Rondônia (Unir). “Ele precisa subir na coluna d’água a cada 15 ou 20 minutos. Os grandes conseguem ficar até uma hora debaixo d’água”, apontou. Mas caso o peixe fique fora da água por muito tempo, também pode morrer. De acordo com Raniere, ele precisa da água para os processos de difusão do oxigênio. Essa foi uma preocupação do pescador Fábio Baca que fisgou, filmou e levou uma cabeçada de um pirarucu que mede mais de 2 metros durante uma pescaria no rio Madeira, na região de Porto Velho. Como ele pratica pesca esportiva, o objetivo é devolver o peixe à natureza. Pescador fisga pirarucu com mais de 2 metros no rio Madeira]]>

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