O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, comemorou o resultado e destacou as ações do ministério para avançar ainda mais na geração de energia limpa e tornar o Brasil referência na transição energética mundial.
“Mais de 85% da nossa matriz elétrica vem de fontes renováveis. Estes ótimos resultados apurados nos três primeiros meses deste ano representam não só o bom aproveitamento das nossas hidrelétricas e dos nossos recursos, mas, também, o resultado das políticas que estamos desenvolvendo para a atração de investimentos e a ampliação do número de parques eólicos e usinas solares no país. Queremos garantir, além da segurança e qualidade energética, a modicidade tarifária. Vamos aproveitar as nossas potencialidades e colocar o Brasil na vanguarda da geração de energia limpa”, afirmou o ministro Alexandre Silveira.
Em janeiro, as fontes renováveis de energia hidráulica, eólica e solar, somadas, foram responsáveis por 91,2% do abastecimento do Sistema Interligado Nacional (SIN). Nos meses seguintes, esse patamar se manteve elevado, com fevereiro registrando 92,6% e março, com base nos dados apurados até o dia 29, chegando a 92,4%. A participação de geração das fontes renováveis não superava 90% desde 2011.
Os dados de Energia Armazenada (EAR), ou seja, a capacidade de gerar eletricidade pela força das águas, demonstram que em março de 2023, o Sudeste/Centro-Oeste registra 82,6%, o que configura o melhor março desde 2011 (82,9%). O número é quase 20% maior do que o registrado no mesmo mês no ano passado.
Investimentos
Alexandre Silveira reforçou o empenho do MME e do Governo Federal, sob a liderança do presidente Lula, em avançar na geração de energia limpa e renovável. Na última semana, o ministro participou, ao lado do presidente da República, da inauguração do primeiro complexo de geração associada de eólica e solar no Brasil, no sertão paraibano.
Durante o evento, Silveira anunciou o investimento de aproximadamente R$ 50 bilhões para a execução do maior programa de transmissão de energia elétrica no Nordeste brasileiro, com a construção de mais linhas que consigam escoar a geração de energia solar e eólica no País.
O investimento em renováveis é parte integrante do planejamento energético realizado pelo Ministério de Minas e Energia, gerando um fomento constante que permita que sejam competitivas e disponíveis na cesta de ofertas da expansão energética do País.
Nesse sentido, o Plano Decenal de Expansão (PDE), importante instrumento indicativo do planejamento nacional para o período decenal, estima que, até 2031, cerca de R$ 119 bilhões sejam investidos na geração renovável centralizada. Cerca de 60% desse total deve ser disponibilizado para as fontes solar e eólica, principais vetores da expansão renovável no Brasil. Na geração descentralizada, que inclui a Geração Distribuída e os Sistemas Isolados, esse montante poderá alcançar R$ 121 bilhões, com quase 80% do total referente às fontes anteriormente citadas.
Previsão
Ainda de acordo com a ONS, os cenários prospectivos para os próximos meses são positivos. Estudos apontam que o subsistema Sudeste/Centro-Oeste (SE/CO), ao final de agosto, deve atingir Energia Armazenada (EAR) entre 76,2%, nas análises menos favoráveis, e 90%, na perspectiva mais elevada. Mesmo se confirmada a suposição inferior, o indicador estará 20,2% acima do aferido em agosto de 2022.
O SE/CO é responsável por 70% da energia armazenada no país. Para 31 de agosto, a EAR do SIN deve variar entre 77,6% e 89,3%. Os armazenamentos projetados pelo Operador indicam condições confortáveis para o atendimento ao SIN em 2023.
Segundo o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), o ano de 2023 deverá ter recorde histórico de expansão da capacidade instalada de geração de energia elétrica. A expectativa é de um crescimento da geração de cerca de 10,3 GW neste ano. O MME estima que as usinas solares centralizadas e eólicas responderão por mais de 90% da ampliação na capacidade de geração do Brasil.
]]>