Brasil é um dos Países Mais Perigosos para Ambientalistas, Revela Relatório da Global Witness

Relatório anual da ONG Global Witness indica que 177 ambientalistas foram assassinados no mundo no ano passado, 34 deles no Brasil. [caption id="attachment_471386" align="alignnone" width="600"] foto /divulgação: El Pais[/caption] O relatório anual da ONG Global Witness destacou que o Brasil se tornou um dos países mais perigosos do mundo para ambientalistas. No ano passado, 34 ativistas foram assassinados no país. A situação é ainda mais alarmante na Colômbia, que é apontada como o país mais perigoso para defensores do meio ambiente, com 60 mortes em 2022. No total, o relatório identificou 177 assassinatos de ambientalistas em todo o mundo no ano passado, sendo que 88% deles ocorreram na América Latina. Embora o número global seja ligeiramente menor do que no ano anterior (200 casos), a situação continua crítica, com uma média de um ativista assassinado a cada dois dias. A região da América Latina é especialmente perigosa para ambientalistas devido à importância dos movimentos sociais e à riqueza de recursos naturais, que muitas vezes são alvo de exploração. As causas exatas dos assassinatos variam, mas estão frequentemente ligadas ao agronegócio, mineração, exploração madeireira, acesso à água e caça ilegal. O relatório também destacou que até mesmo menores de idade foram alvos da violência, incluindo três no Brasil, um na Colômbia e outro no México, sendo três deles indígenas. No Brasil, ambientalistas enfrentaram uma “hostilidade implacável” durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro, que negava as mudanças climáticas. Em 2022, 39 defensores da Amazônia perderam a vida, incluindo 11 indígenas. A Global Witness pediu atenção para a situação crítica enfrentada por aqueles que defendem o meio ambiente e pediu apoio internacional. Essa violência crescente também destaca a importância da proteção da Amazônia e do combate ao desmatamento. O relatório observou que a América Latina é responsável por uma grande porcentagem dessas mortes, com pelo menos 1.910 defensores da terra e do meio ambiente mortos em todo o mundo desde 2012, sendo 70% deles na região. Embora haja uma subnotificação, esses números destacam a necessidade urgente de proteger aqueles que trabalham para preservar o planeta e seu ecossistema. Fonte Global Witness Report Edição Jornal O Liberal de Rondônia]]>