
AVISOS
O desabamento de fachadas de prédios no domingo, em Porto Velho, pode ser um aviso para possibilidades de eventos similares ocorrerem na “cidade velha”, caso algumas medidas básicas não sejam tomadas pela nova equipe gerencial da capital rondoniense que, mesmo assumindo agora não gostariam de ter sido inserido nos primeiros 30 dias da administração eventos piores, gerados como o de agora.
Diz a sabedoria popular: “quem avisa amigo é”. O ocorrido dia 5 pode ter sido um aviso, tipo: “O (desabamento) de agora não teve vítimas”. Um recado que, como também diz o velho ditado, pode significar: “Mandem verificar os outros prédios”.
Avisos sobre o assunto e pedidos para que o poder público atue para evitar danos maiores, físicos e humanos, já foram feitos várias vezes, pelo menos nesses quase 50 anos que moro em Porto Velho, sempre com anúncios, por várias administrações, de que haverá fiscalização etc.
Na região lojas já trocaram de nomes várias vezes, mas o mais comum tem sido apenas uma mão de tinta e bola para a frente. Daí a minha torcida de que a administração que começa faça mais do que anunciar medidas e, como já se viu, não passar daí. Ou, havendo novos casos, não venha só com uma nota lamentando e anunciando que providências já estão sendo tomadas.
Sobre o assunto é bom atentar para o recado do escritor Luiz Carlos Cavalcanti: “Há 15 anos estive no prédio fiquei horrorizado com a precariedade das instalações, onde inexistiam medidas de segurança e manutenção”.
REPLAY
Dois fatos me chamam a atenção neste início de administração municipal: compromisso de vereadores de dar um tempo ao prefeito, como das outras vezes na faixa de três meses, e o anúncio da tabela de pagamento.
Afora que eu esteja, “já vi esse fome”. Deputado e vereador dar a governador e prefeito esse prazo é fato comum, mas tão logo algum se sinta prejudicado aí a coisa muda de figura.
Quanto à tabela de salários, especialmente os do “andar de cima”, vejo lá um espaço que me dá a oportunidade de imaginar: “Isso aqui será para assessores ou para adjuntos?”. Nos dois casos será bom estabelecer critérios para evitar o que é comum no caso, nomeações que mais parecem apadrinhamentos do que de interesse público.
Aqui lembro frase atribuída, pelo historiador Abnael Machado de Lima (1932/2019), ao primeiro governador do Território Aluízio Ferreira: “Para muitos o governo é uma porca com 9 bacuris e 6 tetas. Sempre tem 3 sobrando e querendo mamar também”.
Inté + ver.
Lúcio Albuquerque
Repórter