O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) anunciou a reimplementação de restrições ao tráfego de veículos pesados na BR-319, única rodovia que conecta o Amazonas ao restante do país. A medida, que proíbe a circulação de veículos acima de 45 toneladas, permanecerá em vigor até junho de 2025.
A decisão revoga uma norma anterior que permitia a livre circulação desses veículos e foi motivada pelo início do período chuvoso na região amazônica. Segundo o DNIT, a medida visa preservar as condições de trafegabilidade da rodovia e garantir a segurança dos usuários.
Segundo especialistas ouvidos por nossa reportagem, a combinação de chuvas intensas com o tráfego pesado pode comprometer seriamente a integridade da rodovia, especialmente nos trechos não pavimentados.
Com a restrição, o transporte de cargas pesadas deverá ser redirecionado para as hidrovias da região, que voltam a operar com capacidade total devido ao aumento do nível dos rios. O setor de transportes já começou a se adaptar à nova realidade.
A navegação fluvial sempre foi o principal meio de transporte na região amazônica. Com o retorno das chuvas e a cheia dos rios, temos condições ideais para absorver esta demanda.
A BR-319, inaugurada em 1976 durante o regime militar, possui aproximadamente 870 quilômetros de extensão e liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO). Apesar de sua importância estratégica como única ligação terrestre entre o Amazonas e o restante do Brasil, grandes trechos da rodovia permanecem sem pavimentação adequada, tornando-a especialmente sensível às condições climáticas da região. Recentemente, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) restabeleceu a proibição do tráfego de veículos pesados acima de 45 toneladas na BR-319, visando preservar os trechos não pavimentados durante o período chuvoso.
O DNIT informou que intensificará a fiscalização ao longo da rodovia para garantir o cumprimento da nova determinação. Postos de controle serão instalados em pontos estratégicos, e veículos que desrespeitarem a restrição estarão sujeitos a multas e outras penalidades previstas na legislação de trânsito.
A previsão é que as restrições sejam mantidas até junho, quando se inicia o período de estiagem na região. No entanto, o DNIT ressalta que este prazo poderá ser revisto de acordo com as condições climáticas e o estado de conservação da rodovia.