Confira as notas do dia, por Cícero Moura.

ELEIÇÕES
À medida que se aproxima o calendário eleitoral de 2026, o cenário político em Rondônia começa a se desenhar de forma ainda incerta, com um único partido em posição de largada clara: o PL.
EX-PRESIDENTE
A legenda conta com o endosso direto de Jair Bolsonaro e já lançou sua chapa majoritária, tendo Marcos Rogério como pré-candidato ao governo e Bruno Scheid e Fernando Máximo como opções ao Senado.

CONFORTÁVEL
Essa antecipação garante ao PL um protagonismo inicial que pode fazer diferença decisiva, especialmente se os adversários demorarem a organizar suas estruturas partidárias.
ORGANIZAÇÃO
O Partido Liberal sai na frente com uma estratégia clara, base social consolidada no bolsonarismo rondoniense e nomes competitivos.
DOIS NOMES
Fernando Máximo, com forte presença na área da saúde, e Bruno Scheid, fortalecido pelo apoio direto de Bolsonaro, formam uma dupla de peso na corrida ao Senado.
ALINHADO
A candidatura de Marcos Rogério ao governo sinaliza continuidade de uma agenda conservadora e de alinhamento com a base bolsonarista.
ENFÁTICO
O apoio explícito de Bolsonaro confere à chapa uma força simbólica significativa em um estado majoritariamente conservador.
OPOSIÇÃO
Enquanto o PL avança com segurança, a oposição ainda tateia o terreno. Algumas articulações estão em curso, mas carecem de definição partidária e jurídica.
FÚRIA, CASSOL E SILVIA CRISTINA
Uma das possíveis alianças mais comentadas é a aproximação entre o atual prefeito de Cacoal, Adailton Fúria, o ex-governador Ivo Cassol e a deputada Silvia Cristina.

AGREGAR
Fúria possui forte base no interior e juventude política, o que pode somar bem com a experiência de Cassol — desde que este esteja elegível, o que, até agora, é uma incógnita.
EMPATIA
Silvia, por sua vez, tem apelo eleitoral consolidado e pode agregar um eleitorado mais moderado. No caso da deputada, ela atinge um nicho que tem no sentimental uma força que torna a ideologia insignificante.
HILDON CHAVES, MARCOS ROCHA E SILVIA CRISTINA
Outro possível eixo se forma em torno de Hildon Chaves, ex-prefeito de Porto Velho, que poderia disputar o governo com apoio de Marcos Rocha e, novamente, Silvia Cristina para o Senado.

PARTIDO
O problema principal é a indefinição partidária: Hildon foi sondado pelo União Brasil, mas ainda busca uma sigla que lhe ofereça segurança e autonomia, evitando o risco de “tapete puxado” na reta final.
GOVERNADOR
Rocha, por sua vez, ainda não se definiu sobre sua permanência no União Brasil, partido que não apresentou nomes próprios até agora e pode acabar compondo como coadjuvante na chapa do PL.
CENTRO-ESQUERDA
Uma terceira via, mais difícil de se consolidar, mas não impossível, seria uma frente de centro-esquerda formada por Ramom Cujuí (PSOL ou PT) para o governo e Fátima Cleide (PT) e Confúcio Moura (MDB) para o Senado.

CONVERSAS
Essa composição enfrentaria grandes desafios logísticos e partidários, além da necessidade de Confúcio, nome mais forte do grupo, aceitar diálogo com forças progressistas — algo ainda incerto, mas cogitado em bastidores.
ORGANIZAÇÃO PARTIDÁRIA
A falta de estrutura partidária é o maior entrave para a oposição. Apenas PL e PSD (que pode ainda compor ou lançar nome próprio) parecem organizados.
QUIETO
O União Brasil, apesar de sua força nacional, não sinalizou intenção clara de protagonismo em Rondônia e pode acabar sendo apenas coadjuvante, indicando um vice na chapa do PL.
NANICOS
Outras siglas como Avante, Podemos, PRD e Agir aguardam convites e tendem a se acomodar como coadjuvantes, oferecendo nomes para compor majoritárias.
SEM ALTERAÇÃO
As fusões recentes — PSDB com Podemos e MDB com Republicanos — também não alteram substancialmente o cenário local.
FORA
No caso do MDB, há até especulações de que Aparício Carvalho deixará o comando estadual para evitar constrangimentos internos, dado o interesse político de seus dois filhos em concorrer.
DISPUTA ACIRRADA
A disputa pelo Senado promete ser uma das mais acirradas do estado, com pelo menos cinco nomes fortes em evidência:
• Fernando Máximo
• Bruno Scheid
• Silvia Cristina
• Marcos Rocha
• Confúcio Moura
CHANCES
A escolha para duas vagas torna o jogo mais competitivo e expõe a necessidade de alianças bem calculadas.
OSTRACISMO
Bruno Scheid, até então um nome secundário, ganhou impulso decisivo com o apoio de Bolsonaro, se tornando uma opção viável inclusive frente a nomes consagrados como Confúcio e Rocha.
CONCLUSÃO
Nos próximos meses, os movimentos mais importantes serão menos eleitorais e mais estruturais: garantir partidos, compor alianças e consolidar pré-candidaturas.
NOSSO ESTADO
Rondônia, portanto, terá uma eleição marcada não apenas por nomes e projetos, mas, principalmente, pela capacidade de articulação e viabilidade política real dos adversários do PL.