Setor privado comemora queda do decreto de Lula que aumentou IOF

BRASÍLIA – Dez entidades empresariais apoiaram, nesta quinta-feira, 26, a decisão do Congresso de derrubar o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Em nota, as entidades falam em compromisso com a estabilidade fiscal, mas defendem uma “agenda conectada com os verdadeiros desafios da nossa economia”

Deputados e senadores rejeitaram o aumento do imposto que havia sido proposto pelo governo para fechar as contas deste ano e do ano que vem. A equipe econômica afirmou que fez uma contenção de R$ 30 bilhões em suas despesas e que, com a medida, esperava arrecadar R$ 20 bilhões, montante necessário para entregar a meta de deficit fiscal próximo de zero neste ano.

Na noite de quarta-feira, 25, em uma votação-surpresa, a Câmara derrubou decreto do governo que aumentava IOF, decisão logo depois confirmada também pelo Senado Foto: Wilton Junior/Estadão

“Parabenizamos o Congresso Nacional pela aprovação do projeto de decreto legislativo que susta o recente aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)”, diz a nota das entidades empresariais. “Registramos especial reconhecimento à atuação institucional dos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e do Senado Federal, Davi Alcolumbre, que conduziram com equilíbrio e responsabilidade o processo legislativo em ambas as Casas.”

A nota é assinada pelas confederações nacionais da indústria, comércio e serviços, instituições financeiras, agronegócio, seguradoras, além da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), que reúne as maiores empresas do País com ações negociadas na Bolsa.

Desde o início, representantes do setor privado se colocaram contra o aumento de impostos e passaram a defender, entre deputados e senadores, a derrubada do decreto presidencial, com o argumento de que o governo deve antes colocar em revisão os seus próprios gastos.

Na nota, as entidades alegam que o setor produtivo reafirma o compromisso com a estabilidade fiscal “se mantendo aberto ao diálogo construtivo com os poderes da República em torno de uma agenda tributária e fiscal mais conectada com os verdadeiros desafios de nossa economia.”

O ESTADÃO

Fonte: MSN

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